Sindrome do Pânico e Ansiedade

SÍNDROME DO PÂNICO

É crescente o número de pessoas que estão sendo atendidas pela medicina e psicologia com sintomas que apontam para o diagnóstico de Síndrome do Pânico. Apesar da causa ainda estar sendo investigada, os resultados apontam que o distúrbio atinge principalmente pessoas em sua fase mais produtiva, onde as exigências internas e externas, a excessiva responsabilidade, as preocupações com o perfeccionismo, a competitividade e as expectativas nem sempre concretizadas, resultam num estado elevado de stress ameaçando a funcionalidade do indivíduo.

A ansiedade dentro de um patamar esperado, assim como as demais emoções, trabalham a favor da saúde e objetivam a manutenção de um equilíbrio físico e emocional. Acredita-se que um nível inadequado de ansiedade seja um dos principais fatores que desencadeiam uma disfunção nos neurotransmissores, os quais fornecem ao cérebro comandos errados, levando o organismo a preparar-se para uma defesa e/ou fuga, uma vez que a sensação de perigo torna-se eminente e o medo irracional (fobia) confunde-se com a realidade.

Grupos de sintomas aparecem subitamente antecedendo e se mantendo durante um ataque de pânico:
Sensações de asfixia
Palpitações
Tremor
Tonturas e náuseas
Desmaios
Mal estar abdominal e distúrbios intestinais
Medo de morrer
Despersonalização
Desrealização

As sensações de desconforto e os sinais, se confundem, às vezes, com os sintomas presentes nas doenças cardíacas, o que leva muitas pessoas às clinicas cardiológicas em busca de diagnostico e tratamento para a doença.

O indivíduo passa então a evitar situações e locais que acredita poderem desencadear novos ataques. Este dinamismo que se instala para evitar situações de risco, promove prejuízos nas áreas sociais e ocupacionais, afastando o indivíduo dos seus universo relacional.

O tratamento consiste na associação de medicamentos que buscam o equilíbrio bioquímico com o trabalho terapêutico. A terapia visa resgatar a potencialidade inerente ao ser humano, onde os sentimentos de frustração são considerados ferramentas importantes na construção do desenvolvimento sadio do indivíduo.

Cabe às pessoas que encontram-se incluídas neste grupo, buscarem os recursos disponíveis de tratamento, os quais possibilitarão um novo aprendizado para a restauração do equilíbrio físico e psíquico do organismo.

ANSIEDADE

A ansiedade é um problema atual e crescente, que a cada dia atinge maior número de pessoas, impedindo com que elas possam desenvolver as atividades comuns do cotidiano. Convém lembrar que a ansiedade adequada faz parte do dinamismo saudável do ser humano, pois sem ela não haveriam os movimentos de busca ou fuga frente aos estímulos do meio. Este mesmo sentimento, quando em grau inapropriado, representa uma ameaça à saúde do indivíduo uma vez que acaba sendo o ingrediente principal de vários transtornos físicos e psíquicos.

Fatores genéticos podem ser considerados, porém, estudos indicam que o mal atinge pessoas que se apresentam excitadas em contato com situações desconhecidas, novas e inesperadas ou quando constatada a sua impotência diante de determinado conflito. Estas sensações de “não dar conta” são interpretadas pelo sistema nervoso central de forma confusa, levando o organismo a um estado preparatório para a defender-se de uma situação de perigo, no menor espaço de tempo possível.

O pensamento acelerado provoca vários outros sintomas , tais como taquicardia, cefaléia, tremores, distúrbios intestinais, tensão muscular, irritabilidade, insônia, cansaço e dificuldade de concentração, entre outros. Alguns destes sintomas, quando recorrentes e intensos, observados em crises ansiosas agudas, podem indicar que o indivíduo já pode estar acometido ou inserido nesse quadro.

Pessoas que apresentam quadros ansiosos significativos, caracterizados como transtornos de ansiedade, merecem atenção especial dos profissionais da área médica e psicológica, no sentido de que, após um diagnostico preciso haja um tratamento adequado para o transtorno existente.

O tratamento medicamentoso tem o objetivo restabelecer o equilíbrio bioquímico no organismo do portador dos sintomas, enquanto o acompanhamento terapêutico, busca conscientizar o indivíduo quanto ao seu funcionamento diante dos estímulos do meio. Prestar atenção aos sinais emitidos pelo corpo e estar ciente da necessidade de uma reorganização individual, representam o inicio do processo terapêutico. A ansiedade poderá ser administrada quando o indivíduo puder reconhecer as suas limitações e aprender a lidar com suas frustrações.

Colaboração Psicóloga Maria Clodete
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